Já pensou que seu trabalho te deixa deprimido? A rotina diária pode causar um emaranhado de sentimentos e emoções, confusas e inexplicáveis. Ansiedade, medo, agitação, tristeza e desânimo.
Uma sensação de impotência, envolta por um profundo sentimento de melancolia. E você não consegue saber o que de fato está sentindo.
Neste estágio, muitas pessoas buscam por informações para ter mais ânimo e respostas para serem mais dinâmicas, a fim superar a tristeza. Não consideram, a depressão. Nem percebem que o seu trabalho te deixa deprimido.
Por outro lado, há aquelas que se sentem extremamente tristes, e logo de cara, se preocupam se poderiam estar deprimidas.
É muito comum a associação da depressão a um estágio de tristeza. Afinal, a tristeza é entendida como um sintoma primário da depressão. E o grande impasse, é justamente distinguir depressão de tristeza.
Pois, quando você está em um estado de tristeza, você pode reagir a esta condição. Em contrapartida, se você identifica que de fato, seu trabalho te deixa deprimido, você não pode negligenciar esta condição, que é séria e requer cuidados e tratamento.
A depressão não pode ser encarada como um período de tristeza profunda. Da mesma maneira como, não convém uma pessoa triste, se colocar em uma situação de tratamento e medicação para curar a tristeza.
Afinal, estar deprimido acarreta interferências na saúde mental, física e na longevidade a longo prazo.
Mas será que de fato seu trabalho te deixa deprimido?
Trabalho e depressão
A conexão de que seu trabalho te deixa deprimido é cada vez mais recorrente. Posto que, há necessidade de trabalhar mais e por maior tempo, para alcançar metas.
O trabalho é visto como um dos principais causadores de depressão. Em contrapartida, em 2016 cerca de 75, 3 mil trabalhadores foram afastados pela Previdência Social com ocorrência do mal do século.
O cenário apresentado então, é o trabalho sendo um dos principais causadores da depressão, ao mesmo tempo que é atingido pela baixa produtividade, desânimo e afastamento do profissional.
O seu trabalho te deixa deprimido ou triste, quando o reconhecimento é incompatível com o esforço e dedicação no trabalho, junto a cobrança por metas e descontrole no ritmo de trabalho. Tudo isso, causa um sentimento de impotência, angústia e ansiedade.
Situação esta, que deveria ser uma preocupação das empresas e de políticas públicas. Posto que, o bem estar dos profissionais significa também mais produtividade e excelência.
Afinal, o transtorno mental afeta o desempenho do profissional, assim como as relações sociais, sua saúde física e mental.
Tristeza e depressão, qual a diferença?
A tristeza é uma emoção humana normal. Todos nós já experimentamos e todos nós vamos reviver essa emoção.
A tristeza geralmente é desencadeada por um evento, experiência ou situação difícil, dolorosa, desafiadora ou decepcionante. Em outras palavras, tendemos a nos sentir tristes com alguma coisa. Sempre tem um motivo.
Isso também significa que quando algo muda, quando estamos emocionalmente mais confiante, quando ajustamos ou superamos a perda ou a decepção, nossa tristeza some.
A depressão, no entanto, é um estado emocional anormal. Ou seja, é uma doença mental que afeta nosso pensamento, emoções, percepções e comportamentos de maneiras difusas e crônicas.
Quando estamos deprimidos o sentimento de tristeza está presente o tempo todo, em tudo. E a maior diferença é, que a depressão não exige necessariamente um evento ou situação difícil, uma perda ou uma mudança de circunstância como um estopim para a tristeza.
Na prática, a depressão acontece na ausência de tais motivos. Às vezes a vida das pessoas está relativamente bem, elas até admitem que isso é verdade, mas ainda assim elas se sentem mal.
Isso porque, a depressão invade todos os aspectos de nossas vidas, tornando tudo menos agradável, menos interessante, menos importante, menos amável e menos valioso.
A depressão absorve a energia, a motivação e capacidade de sentir alegria, prazer, excitação, antecipação, satisfação, conexão e significado. Todos os seus limites tendem a ser menores.
Por isso, ainda que o trabalho não seja o motivo da depressão, provavelmente sua produtividade, raciocínio e a agilidade estarão em baixa.
Diferentemente do período de tristeza, a pessoa depressiva fica mais impaciente, com os nervos à flor da pele e fica frustrada mais rápido.
Outra grande diferença entre tristeza e depressão é que a pessoa depressiva leva mais tempo para se recuperar de tudo.
Sintomas da depressão
A depressão apresenta sintomas de tristeza, mas são bem diferentes. Afinal, os sintomas de uma depressão afeta todos os aspectos da sua vida.
Pode ser difícil ou mesmo impossível encontrar prazer em qualquer coisa, incluindo atividades e pessoas que você costumava gostar.
Mais importante do que saber se seu trabalho te deixa deprimido é compreender que, a depressão é uma doença mental, não uma emoção.
Os profissionais de saúde mental usam o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais , critérios do DSM-5, para ajudar a determinar se alguém está triste ou deprimido.
Você pode receber um diagnóstico de depressão ou transtorno depressivo persistente se atender aos critérios.
Os critérios do DSM-5 incluem nove sintomas potenciais de depressão. A gravidade de cada sintoma também é medida como parte do processo de diagnóstico.
Os nove sintomas são:
- sentindo-se deprimido ao longo de cada dia na maioria ou todos os dias
- falta de interesse e prazer em atividades que você costumava encontrar prazerosas
- dificuldade para dormir ou dormir demais
- dificuldade em comer, ou comer demais, juntamente com ganho de peso ou perda de peso
- irritabilidade, inquietação ou agitação
- fadiga extrema
- sentimentos injustificados ou exagerados de culpa ou inutilidade
- incapacidade de se concentrar ou tomar decisões
- pensamentos suicidas ou ações, ou pensando muito sobre a morte e morrer
Para uma pessoa ser diagnosticada depressiva é preciso ter pelo menos 5 desses sintomas. No entanto, é fundamental que um profissional avalie se de fato esses sinais são manifestações depressivas.
Identificada a depressão, é primordial iniciar um acompanhamento profissional. A depressão precisa ser tratada. A depressão é uma doença mental extremamente comum e existem muitos tratamentos que beneficiam a maioria das pessoas.
Se você acha que está sofrendo de tristeza em vez de depressão, você pode buscar por medidas de motivação.
Seu trabalho te deixa deprimido?
Existem sintomas de depressão que podem afetar sua capacidade de trabalhar.
- Achando difícil permanecer motivado
- Lutando para se concentrar
- Dificuldade em dormir
- Perder o interesse em atividades que você gostou anteriormente
Quando deprimidas, as pessoas também podem se isolar, e ter uma preocupação excessiva com a realização do trabalho. Além disso, o sentimento de culpa por decepcionar outras pessoas também aumenta.
Por medo e vergonha de ser julgado, pessoas deprimidas evitam a falar o que sentem no ambiente de trabalho, principalmente se seu trabalho te deixa deprimido.
A relação entre trabalho e depressão é aquela que pode funcionar nos dois sentidos.
A depressão pode afetar sua capacidade de realizar bem o seu trabalho, e o estresse no trabalho também pode contribuir para que você fique deprimido também.
Alguns motivos podem evidenciar se seu trabalho te deixa deprimido, como por exemplo:
- Uma alta carga de trabalho
- Sendo solicitado a fazer coisas fora do seu nível de competência
- Mudanças repentinas ou dificuldades com os colegas
Se você vivencia os sintomas de depressão, você pode se sentir inclinado a apenas resistir e esperar até que passe. No entanto, quanto mais cedo você reconhecer esses sinais, mais cedo poderá procurar ajuda e mudar sua situação.
Depressão ou esgotamento
As dificuldades enfrentadas diariamente o trabalho podem ser um agravante da depressão. Mas isso, não significa que seu trabalho te deixa deprimido. Você pode estar com sintomas de Síndrome de Burnout.
A síndrome de Burnout é uma consequência do acúmulo excessivo de estresse em trabalhadores que têm um profissão muito competitiva, ou com muita responsabilidade.
É desencadeada quando o trabalho se torna um sacrifício que envolve nervosismo, sofrimento psicológico e problemas físicos.
Burnout é um termo que foi utilizado a primeira vez, pelo psicólogo Herbert Freudenberger, para descrever as consequências do estresse em profissionais de ajuda.
Hoje, o termo Burnout é utilizado para classificar esse estágio de esgotamento em qualquer profissão. No entanto, não existe ainda uma definição clara do que realmente é o Burnout.
O que se sabe é que há diferenças entre Burnout e depressão. A principal delas, e que pode eliminar a ideia de que seu trabalho te deixa deprimido, é que Burnout é uma condição desenvolvida no trabalho e que afeta apenas o trabalho.
Diferentemente da pressão que afeta várias partes da vida, como o comportamento com a família, amigos e até mesmo o hobbies e momentos de lazer.
Burnout geralmente é relacionado ao trabalho. É claro que o estresse que você sente no trabalho pode afetar seu relacionamento. Mas na depressão isso é visto com mais clareza.
Além disso, um Burnout tende a se desenvolver a partir de uma situação de trabalho, enquanto a depressão pode se desenvolver de maneira mais geral.
Um esgotamento pode eventualmente influenciar outras partes da vida, como uma depressão, mas é mais provável que isso ocorra em um estágio posterior.
A depressão, por outro lado, pode ter uma influência rápida e grande em várias partes da vida, enquanto a exaustão se limita a trabalhar por um período maior de tempo.
Síndrome de Burnout
Assim como tristeza e depressão são claramente confundidas, você pode achar que seu trabalho te deixa deprimido, mas na verdade pode ser um esgotamento.
Burnout não é um termo oficial ou diagnóstico no campo da doença mental. É um termo que foi originalmente usado para se referir a uma sensação de fadiga e a uma incapacidade de funcionar normalmente no local de trabalho.
O Burnout é considerado como tendo uma ampla gama de sintomas. Não há um consenso geral sobre quais delas fazem parte do Burnout e quais não são.
Mas até agora, todas as definições dadas compartilham a ideia de que os sintomas são causados por problemas relacionados ao trabalho ou outros tipos de estresse.
Um exemplo de uma fonte de estresse fora do trabalho é cuidar de um membro da família.
Existem três áreas principais de sintomas que são considerados sinais de Burnout.
1 – Exaustão física e emocional
As pessoas afetadas sentem-se esgotadas e emocionalmente exaustas, incapazes de lidar, cansadas e deprimidas, e não têm energia suficiente.
Os sintomas físicos incluem coisas como dor no estômago ou problemas intestinais. Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo uma ou duas noites por semana.
Esquecimento e dificuldade de concentração e falta de atenção. Além disso, a perda de apetite e o aumento da ansiedade também podem ser sintomas de Burnout.
Seu sistema imunológico também fica enfraquecido, já que seu corpo está esgotado. O resultado disso é, o aumento da vulnerabilidade e maior facilidade para infecções, resfriados, gripes e outros problemas médicos relacionados ao sistema imunológico.
2 – Alienação de atividades relacionadas ao trabalho
As pessoas que sofrem de Burnout encontram seu trabalho cada vez mais estressante e frustrante.
Um dos sintomas é que as pessoas podem começar a ser cínicas sobre suas condições de trabalho e seus colegas.
Ao mesmo tempo, elas podem se distanciar cada vez mais emocionalmente e começar a sentir-se entorpecidos com seu trabalho.
A perda de prazer no trabalho pode ser sentida através do distanciamento dos colegas de trabalho, ou a vontade de querer ir embora.
3 – Sentimentos de ineficácia e falta de realização
O Burnout afeta principalmente as tarefas cotidianas no trabalho, em casa ou ao cuidar dos membros da família.
Pessoas com Burnout são muito negativas sobre suas tarefas, acham difícil se concentrar, são desatentas e não têm criatividade.
Os três principais sinais são sentimentos de apatia e desesperança, irritabilidade aumentada e queda na produtividade.
A irritabilidade muitas vezes resulta de se sentir ineficaz, sem importância, inútil. É uma sensação crescente de que você não é capaz de fazer as coisas de forma tão eficiente ou eficaz como você fez uma vez.
E de fato, o indivíduo completamente esgotado, exausto física e emocionalmente não é capaz de funcionar efetivamente. Mas, o Burnout não acontece repentinamente.
O corpo vai disparando sinais, que se identificados, é possível tomar providências para não chegar ao completo estado de esgotamento.
Além de prestar mais atenção no que tem te colocado em um estágio de exaustão, você pode também buscar por motivação.
No Livro A Jornada da Liberdade, por exemplo, você encontra maneiras de assumir a responsabilidade da sua vida e evitar assim, chegar a uma condição de esgotamento.